segunda-feira, 25 de julho de 2011

'Mestres e Aprendizes'


Para seres digno de dar
Mensagens dos vossos guias
Não te esqueças de estudar
E orar todos os dias

Também os guias se guiam
Por guias mais sabedores
Que ainda há pouco aprendiam
Como tu a ser melhores

Escuta bem o que te digo
Mesmo nos mundos felizes
Todos somos, meu amigo
Tão mestres quanto aprendizes

Julho de 2011

domingo, 24 de julho de 2011

'Nós e Laços'


De nós e de laços se fazem os pontos da nossa cruz
Tecendo a vida eternamente com fios de luz
Ligados com nós de dor
Ligados com laços de amor
Sempre, sempre ligados

Beta

Março de 2011

'Consciência da sua missão'

Homem feliz é o que tem consciência da sua missão.

Orlando

Março de 2011

Quanto vale 1 milhão?

 

"Eu quero ter 1 milhão"
Dizia a quem o ouvia
Crente de que a multidão
Assim o veneraria

"Ter um milhão eu queria"
P'ra não ter que trabalhar
Só descansar noite e dia
E com nada me ralar

Doenças? Dinheiro as cura
Com a mais cara Medicina
E a felicidade dura...
Que contemplação benigna!

Nem quis saber de mulher
Ou filhos p'ró aborrecer
Chatices? Quem é que as quer?
Isto assim é que é viver

Mas por só em si pensar
Faltou-lhe o suor da lida
Quis p'ra si acumular
ganhou o milhão, perdeu a vida

Junho de 2011

'Coitado do Agostinho'


À secretária de pinho
(Até dá dó de contar)
Coitado do Agostinho
Passa a vida a carimbar

Pergunta-se muitas vezes
Quando vê televisão:
Serão melhores os revezes
De uma vida de emoção?

Vê-se de cabelo ao vento
À proa de um barco à vela
Mas sua vida é tormento
E não pode sair dela

Ó Agostinho amigo,
Tu sabes que noutra vida
Brincaste sempre com o perigo
Sem a cautela devida?

Pára agora um bocadinho
E aproveita p'ra pensar
E tu verás, Agostinho
Que é bom saber parar

Maio de 2011

'Grilhões'


Em tempos que já lá vão
Agrilhoava-se gente
E o que apertava o grilhão
Agrilhoado se sente
 
Roubar a liberdade a alguém
P'ra nosso próprio proveito
causa hoje só desdém
E vai contra o Direito
 
No mundo que aí vem
Que é de regeneração
Grilhões, só os do Bem
Escolhidos p'lo coração
 
Ninguém mais trabalhará
Para um patrão tirano
Ninguém mais padecerá
De fome, sede ou engano
 
Nas relações amorosas
Nas relações sociais
Só emoções generosas
E todos serão iguais

Maio de 2011

'Anjos'


Esvoaçam os anjos sobre a capelinha
Jogam às escondidas e ninguém os vê
A não ser o velho e a criancinha
Cada um de vós que diga porquê
 
Orlando

Maio de 2011

'As aflições levam a boas resoluções'


As aflições levam a boas resoluções. Durante os períodos em que as nossas acções longínquas voltam sob a forma de tormenta correctora, o Espírito vê mais claramente o caminho certo. À escala da Humanidade, presentemente, a apatia dos bons e a cupidez dos maus aproximam-se do ponto  em que se assemelham ao caudal do rio que transborda, que sai do leito e vai secar onde não houver solo propício, e fertilizar onde houver permeabilidade. As crises são plenas de fecundidade. Há que abraçá-las com paciência e resignação. Com optimismo e confiança.

Helder

Maio de 2011

A História do Chico Zé



Chico Zé perdeu os parentes
Quando era ainda gaiato
Foi criado com indigentes
E sofreu muito mau trato

E dizía quem passava:
"Que homem tão revoltado!"
Mal essa gente sonhava
O que ele tinha passado

Sempre de má catadura
Sem alegria ou sorriso
No peito só amargura
Que até lhe afectava o siso

"Viver assim para quê?"
Pensava ele por vezes
Sem entender o porquê
Dos seus pesados revezes

Numa vida anterior
O pobre do Chico Zé
Fora feroz ditador
Sem coração e sem fé

Passara a fio de espada
Sem qualquer hesitação
Muita gente desgraçada
Muito homem seu irmão

No fundo da consciência
Uma vozinha sumida
Sugeria paciência
P'ra suportar esta vida

E uma vítima passada
Apareceu-lhe ao caminho
Na forma de esposa amada
P'ra lhe ensinar o carinho

Com a infância desvalida
Aprendeu ele com a dor
Com a família querida
Aprendeu com o amor

Se vires um homem irado
Não penses: "Que mau que é!"
Estende a mão ao perturbado
Pode ser um Chico Zé...

N.N.
 21 de Julho de 2011

Aparício e o Precipício


 

Suspenso no precipício

Gritava o Zé Aparício:

Ó meu Deus, vem-me salvar!

Prometo não mais pecar

Se tu me salvares desta

Vou ser pessoa honesta

Prometo não intrujar

Todos os dias rezar

Ir à missa e comungar!


Passou ali um amigo

Que logo o salvou do perigo

O Aparício se ergueu

E graças a Deus rendeu


Mas passada a aflição

Desenha-se situação

De pagar o que a Deus deve

E logo se esqueceu

Daquilo que prometeu

Só pensou muito ao de leve:

“Deus me há-de perdoar…”


Aparício, Aparício…

Vale bem o sacrifício

De cumprires o que prometes

Vê lá se tal artifício

Não é maior precipício

Em que agora tu te metes…



Julho de 2008

A Verdadeira Fortuna


Ora tiras, ora pões
Na tua conta divina
Amor e boas acções
Ou o mal que te amofina

Desculpas-te a ti mesmo
De tal contabilidade
Dizendo que há mal a esmo
E falta de caridade

Mas p'ra arranjares riqueza
Da que o bicho não corrompe
Há o capital da certeza
Que da caridade irrompe:

Amar os outros e a ti
Armazenando só paz
Eu sei porque aprendi
Grande fortuna se faz

Júlio (modesto poeta)

Outubro de 2007

Dormindo...


Diz o José que duvida
Que o Espírito seja real
E passa 1/3 da vida
No mundo espiritual


Julho de 2009

As Dores do Martins


Martins tinha dores nos rins
Nem o deixavam dormir
Qual madeira com cupins
Já nem sabia sorrir

- Mas que mal fiz eu a Deus?
É de ficar revoltado!
Acaso os pecados meus
Merecem tal resultado?

Bom homem, trabalhador
Amigo do seu amigo
Ao próximo tinha amor
E a todos dava abrigo

Certo dia, num café
Poisado sobre uma mesa
Estava um jornal que até
Lhe causou certa surpresa

Pôs-se e lê-lo pressuroso
E então compreendeu
Que quer a dor, quer o gozo
Não foi Deus que no-los deu

Somos nós que os forjamos
Nas voltas de cada dia
Se aos outros maus tratos damos
Voltam para nós um dia

Será que em vida anterior
Fora ele um mau capataz
E aos outros causasse a dor
Que a vida agora lhe traz?

Com o novo pensamento
Ficou mais aliviado
Encontrou um novo alento
Talvez seu padecimento
Se encontre justificado
Poeta alegre

Julho de 2008

Bom Dia...



Bom dia - diz sempre o Zé
Quando chega ao estaminé
Cumprimenta os seus amigos
E também os inimigos
Que os bons dias são gratuitos
Costumeiros ou fortuitos

Dar os bons dias a alguém
Custa zero e sabe bem
A quem dá e a quem recebe
E pouca gente percebe
Que um bom dia é uma oração
Em forma de saudação


Março de 2009

Chegar e Partir



Um jovem partiu
O Povo perguntou:
"Porque é que morreu?"
Mas ninguém lembrou:
"E porque nasceu?"

A vida é assim
Quando corre bem
Quem já indagou
"De onde é que vim?"
Ou "p'ra onde é que vou"?

Eu que já fui filho
Agora sou pai
E serei avô
Gente vem e vai
E eu... também vou

Porque chora o Povo?
Partir é chegar
Chegar é partir
Chega-se a chorar
Parte-se a sorrir

Jeremias

Julho de 2011

(A propósito da desencarnação recente de jovens, um deles figura pública, em acidente de viação)

A Plaina



Olha a plaina tão singela
Quase não se dá por ela
Vai aplainando a madeira
Guiada por mão ligeira

Corrige-lhe a aspereza
E realça-lhe a beleza
Aplainando com amor
Progride o trabalhador

Aplainando os defeitos
Lembrando o "Sede Perfeitos"
Com a plaina da humildade
Trabalho é felicidade


Março de 2011