António foi ofendido
Questão grave, já se vê
Ficou de coração ferido
E não sabia porquê
Mas depois pôs-se a pensar
E viu que sendo inocente
Não tinha que se culpar
Pelo ataque demente
Orou pelo ofensor
Que sem pensar condenou
O acto que por amor
O António praticou
Há mais glória em perdoar
Que em recorrer à vingança
Mas o que é de louvar
É nem sentir a ofensa
Errar é da da natureza
Do Espírito aprendiz
Relevar não é fraqueza
É preferir ser feliz
ENLSB, 12.5.13
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