Disse a flor exótica à flor silvestre:
Que pouca sorte tiveste
Eu airosa, em exposição
E tu, esquecida, aí no chão
Respondeu alegremente a flor silvestre:
Sou feliz no solo agreste
Provo sol, chuva e geada
Admiro em vez de ser admirada
Não é de lamentar o ser-se pequenino
Não é acaso ou capricho do destino
Quem estagia na via da simplicidade
É feliz por gozar de mais liberdade
Crespo
Setembro 2012
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